domingo, 5 de abril de 2009

Desmedida

Ele não tem a chave de casa,
Nem deita de sapatos no sofá.

Avisa quando vai chegar.
Eu encho a casa de flores,
Faço o jantar.

Sento no meio das pernas dele
Com a borboleta aberta,
Equilibrada no talo
Na beira do gozo.

Mesmo quando é para ser menos,
Eu trato feito rei:
Dou tudo o que não devo,
Deixo até faltar com o respeito.


Quando eu percebi
Ele já era muito mais
Do que eu queria que fosse.

Ostra

A menina disse bom-dia
Para a empregada,
Largou a mochila no corredor
E invadiu meu quarto.

Tirou a roupa,
Deitou na cama.
Trouxe de presente
Seu cheiro de escola.

Abriu as pernas na minha cara
E deu sua ostra para eu chupar:
A concha crua
Do pedúnculo ao sifão.

Depois, nem precisei pedir,
Ela veio com gosto
Molhar o meu pau.

A menina tinha uma boca!
Uma boca de buceta.

Inferninhos familiares

Sua sobrinha preferida
era Joana
dormindo de bruços

+++

O primeiro namorado dela
foi o travesseiro.

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No parquinho,
adorava o trepa-trepa

+++

Ele prefere ficar em cima
desde os tempos do beliche.

+++

A primeira mulher que ele beijou
foi sua mãe.

A segunda,
foi na buceta.