Ele prometeu tentáculos
Mas mal parava em pé.
Não culpe o vinho, meu caro,
Muito menos as doces cigarrilhas!
As unhas dela cintilavam,
Vermelhas, em meu decote.
Cabelos, pernas e esguios dedos,
Ateavam fogo nos oceanos.
Perdido entre o dueto em chamas,
Acuado, vislumbrava o passado:
O fodedor que a currou no chão cru da sala,
No banheiro da festa, nas pedras do Rio.
O vendaval esvaiu-se em brisa
Qual mormaço do outono.
E o anjo negro terrível de outrora,
Agora de asas tristes e murchas,
Pousou no parapeito delas,
Aguardando a morte inevitável.
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2 comentários:
Mentiras, delírios, puro desejo não realizado
"O vendaval esvaiu-se em brisa
Qual mormaço do outono."
o pau - velame - que aderna
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