Continuo pensando em você.
(Quando me masturbo)
quarta-feira, 20 de agosto de 2008
domingo, 10 de agosto de 2008
Só mais uma vez
Pensando bem
Eu topo te ver
Só mais uma vez.
Faço um strip,
Chupo você.
Mas na hora do vamos ver,
De botar pra foder,
Eu fico de pé
- Não quero nem saber -
Te largo no escuro,
De pau duro,
Na mão!
Eu topo te ver
Só mais uma vez.
Faço um strip,
Chupo você.
Mas na hora do vamos ver,
De botar pra foder,
Eu fico de pé
- Não quero nem saber -
Te largo no escuro,
De pau duro,
Na mão!
quarta-feira, 9 de julho de 2008
Medusa libertina
A visceral passeava
Nas barbas do cerebral.
Era um canibal cavalheiro,
Bebendo a buceta primeiro.
De lá, espiava pela fresta
A puta que ela guardava
No meio das pernas.
A língua dela rodeava
O pau apontado para as estrelas.
Quantos degraus ele desceria
Para encontrar a medusa libertina?
Encantava as serpentes,
Desviava dos olhos de lince
Para não virar pedra
Nem perder a cabeça
Nas entranhas dela.
Nas barbas do cerebral.
Era um canibal cavalheiro,
Bebendo a buceta primeiro.
De lá, espiava pela fresta
A puta que ela guardava
No meio das pernas.
A língua dela rodeava
O pau apontado para as estrelas.
Quantos degraus ele desceria
Para encontrar a medusa libertina?
Encantava as serpentes,
Desviava dos olhos de lince
Para não virar pedra
Nem perder a cabeça
Nas entranhas dela.
O cio de Alice
Alice no cio é um problema:
Não há homem que baste
Nem travesseiro, dedo
Consolo ou vibrador.
Nada contém a lava de Alice.
Ela desliga o cérebro
E atravessa os faróis
Na velocidade da luz.
Alice no cio é pior do que bicho.
Revira o lixo e a agenda,
Mia a noite inteira
Para os cachorros loucos.
É perigoso o cio de Alice.
Já engasgou com a própria língua,
E esqueceu objetos pontiagudos
No fundo de seu corpo.
Alice no cio é abalo sísmico!
É para ficar em casa,
Sem tocar em nada,
Trancada, sem ninguém.
Não há homem que baste
Nem travesseiro, dedo
Consolo ou vibrador.
Nada contém a lava de Alice.
Ela desliga o cérebro
E atravessa os faróis
Na velocidade da luz.
Alice no cio é pior do que bicho.
Revira o lixo e a agenda,
Mia a noite inteira
Para os cachorros loucos.
É perigoso o cio de Alice.
Já engasgou com a própria língua,
E esqueceu objetos pontiagudos
No fundo de seu corpo.
Alice no cio é abalo sísmico!
É para ficar em casa,
Sem tocar em nada,
Trancada, sem ninguém.
domingo, 8 de junho de 2008
Vigésima carta de amor
Theodore, meu doce amor canibal,
Dormi sobre seu peito
E acordei com a ausência.
Sempre que nos encontramos
É aquela trepada aflita.
Eu digo que sinto sua falta;
Você finge que já dormiu.
Desisti de mastigar o que sobrou
Do nosso amor estúpido.
Amei você tanto
Quanto odeio aquele cheiro
De água de vaso
Com flores mortas.
Some de manhã sem deixar bilhete
Nem dinheiro.
No parapeito da janela,
Cinzeiro cheio,
Vento torto,
Roupa no varal.
Unhas feitas
E tristes.
A gente não casou,
Mas eu te achava marido:
Dei a chave da porta,
Um copo e uma toalha.
Seu corpo em cima do meu
E a cabeça sempre em outras camas.
Foi por isso, Theodore,
Essa raiva arrancou meu juízo,
Enfiou força nas minhas mãos.
Tão longe que ninguém sabe.
Um prédio sem elevador,
Sem garagem, nem portaria.
Buraco qualquer.
A escada velha range por Theodore.
Dormi sobre seu peito
E acordei com a ausência.
Sempre que nos encontramos
É aquela trepada aflita.
Eu digo que sinto sua falta;
Você finge que já dormiu.
Desisti de mastigar o que sobrou
Do nosso amor estúpido.
Amei você tanto
Quanto odeio aquele cheiro
De água de vaso
Com flores mortas.
Some de manhã sem deixar bilhete
Nem dinheiro.
No parapeito da janela,
Cinzeiro cheio,
Vento torto,
Roupa no varal.
Unhas feitas
E tristes.
A gente não casou,
Mas eu te achava marido:
Dei a chave da porta,
Um copo e uma toalha.
Seu corpo em cima do meu
E a cabeça sempre em outras camas.
Foi por isso, Theodore,
Essa raiva arrancou meu juízo,
Enfiou força nas minhas mãos.
Tão longe que ninguém sabe.
Um prédio sem elevador,
Sem garagem, nem portaria.
Buraco qualquer.
A escada velha range por Theodore.
Choveu
Sou clara
Mas viro graúna assanhada
Quando requebro
Na pele preta dele.
Depois da chupada
Ele chove
Garoa grossa nas minhas costas.
Ele tem tudo de mim
Na palma - branca - da mão.
Mas viro graúna assanhada
Quando requebro
Na pele preta dele.
Depois da chupada
Ele chove
Garoa grossa nas minhas costas.
Ele tem tudo de mim
Na palma - branca - da mão.
quinta-feira, 27 de março de 2008
Estalo
Minha paciência tem limite!
Assim como a abertura
Das minhas pernas.
A generosidade,
Antes farta como meus peitos,
Minguou.
Depois da noite ridícula,
Mais uma madrugada
Ouvindo o portão da sua casa
Estalar
Comigo para o lado de fora.
Antes de me ligar outra vez
Passe na minha terapeuta.
Tome jeito – ou Viagra –,
Vare a madrugada
Treinando punhetas.
Porque voltar para casa
A pé
E com a buceta seca
Não é para mim.
É para as fraquinhas!
Assim como a abertura
Das minhas pernas.
A generosidade,
Antes farta como meus peitos,
Minguou.
Depois da noite ridícula,
Mais uma madrugada
Ouvindo o portão da sua casa
Estalar
Comigo para o lado de fora.
Antes de me ligar outra vez
Passe na minha terapeuta.
Tome jeito – ou Viagra –,
Vare a madrugada
Treinando punhetas.
Porque voltar para casa
A pé
E com a buceta seca
Não é para mim.
É para as fraquinhas!
terça-feira, 25 de março de 2008
O gosto delas
Seria óbvio se fosse pau,
Nem tanto para falar de buceta.
Permitam-me uma comparação grosseira
Mas eficaz.
(O prazer do biólogo em classificar
Suas descobertas)
O gosto das bucetas varia
Como o das bananas.
Há diversos tipos
E variações nas mesmas espécies.
Doce ou insossa,
Perfumada ou fétida,
Mais ou menos madura,
“Amarrando na boca”, como diria minha avó.
Nunca presenciei discussão sobre o tema,
Porém acredito que cada um tenha sua preferência
Nos dois casos
Bananas e bucetas.
Resta confessar meu gosto:
Longe da inconsistência da banana maçã,
“Pedacenta”,
E do cheiro e gosto enjoados da gigante nanica
– que é puro paradoxo -
A perfeição é a banana prata.
Madura, ao ponto
Aquela que anteontem estava verde
E depois de amanhã estará passada.
O doce e a viscosidade ideais
Que anestesiam de leve a boca
Sem enjoar.
Mas independente do tipo
Buceta molhada é sempre melhor.
Nem tanto para falar de buceta.
Permitam-me uma comparação grosseira
Mas eficaz.
(O prazer do biólogo em classificar
Suas descobertas)
O gosto das bucetas varia
Como o das bananas.
Há diversos tipos
E variações nas mesmas espécies.
Doce ou insossa,
Perfumada ou fétida,
Mais ou menos madura,
“Amarrando na boca”, como diria minha avó.
Nunca presenciei discussão sobre o tema,
Porém acredito que cada um tenha sua preferência
Nos dois casos
Bananas e bucetas.
Resta confessar meu gosto:
Longe da inconsistência da banana maçã,
“Pedacenta”,
E do cheiro e gosto enjoados da gigante nanica
– que é puro paradoxo -
A perfeição é a banana prata.
Madura, ao ponto
Aquela que anteontem estava verde
E depois de amanhã estará passada.
O doce e a viscosidade ideais
Que anestesiam de leve a boca
Sem enjoar.
Mas independente do tipo
Buceta molhada é sempre melhor.
terça-feira, 11 de março de 2008
Lacre
Não há mais encaixe possível
Entre a ex-Lolita
E o garanhão decadente.
Nem mesmo para a mais simples das posições:
Conchinha.
Os corpos se agitam.
Sem jazz ou balé, esmorecem.
Cochilam no passado,
Num Natal qualquer.
O vinho encorpado evaporou,
A vela morreu no pires,
As sombras envelheceram nas paredes.
Então por que insistem uma, duas, três vezes?
Quando se perde no caminho,
O garanhão pede um atalho fácil.
E, pela primeira vez, ela consegue negar!
Rescisão do contrato.
Largue o fantasma, Lolita!
Deixe ele vagar por aí.
Ao garanhão caberia cobri-la uma última vez,
Porém seu vigor naufragou.
Num último lampejo,
Voltam ao páreo!
Ela se contenta com tão pouco,
Porque revive o tempo.
Quando o garanhão lhe consumia,
Implorava que virasse de bruços
E ela se debatia.
Agora seria tão fácil,
Mas ele nem sai do chão.
Mal sorri.
Contempla os peitos dela.
Sussurra até virar
Ronco.
Entre a ex-Lolita
E o garanhão decadente.
Nem mesmo para a mais simples das posições:
Conchinha.
Os corpos se agitam.
Sem jazz ou balé, esmorecem.
Cochilam no passado,
Num Natal qualquer.
O vinho encorpado evaporou,
A vela morreu no pires,
As sombras envelheceram nas paredes.
Então por que insistem uma, duas, três vezes?
Quando se perde no caminho,
O garanhão pede um atalho fácil.
E, pela primeira vez, ela consegue negar!
Rescisão do contrato.
Largue o fantasma, Lolita!
Deixe ele vagar por aí.
Ao garanhão caberia cobri-la uma última vez,
Porém seu vigor naufragou.
Num último lampejo,
Voltam ao páreo!
Ela se contenta com tão pouco,
Porque revive o tempo.
Quando o garanhão lhe consumia,
Implorava que virasse de bruços
E ela se debatia.
Agora seria tão fácil,
Mas ele nem sai do chão.
Mal sorri.
Contempla os peitos dela.
Sussurra até virar
Ronco.
quinta-feira, 6 de março de 2008
Pega-varetas
Eu sou aquela
Que você mal sabe o nome.
Que te olha por baixo das roupas
Para saber quem é bom mesmo
Na matilha dos poetas.
Eles me espreitam no espelho
Interrompem meus beijos desajeitados
Numa esquina qualquer de Higienópolis.
Cansei do lirismo lenga-lenga!
E não alcanço Rimbaud
No alto da estante.
Pense em nós,
Só nós dois,
Longe da cáfila dos poetas.
Num ponto de táxi
Na beira das putas
Que marcham na Augusta.
A dissonância de amores humanos,
Mais plurais do a coleção
De dedais da minha avó.
De regra, só mesmo
O pau duro e a buceta molhada,
Mesmo que artificiais.
O taxista reclama.
Quer saber: vamos ou não vamos?
Para onde?
Esquece dele.
Finge que não vê
As mãos aflitas no volante
E os olhos no retrovisor.
Seus dedos embrenhando-se
No meu sexo pulsátil,
Entre as coxas apertadas
E a saia despudorada.
Na janela,
O cemitério do Araçá ostenta flores tão vivas.
Feito as putas:
Cinza por dentro
E violeta
Da boca para fora.
Não quero chegar a lugar algum.
Só continuar a corrida de táxi
Na cidade que espalha pessoas e amores
Feito pega-varetas.
Com seus dedos lá.
Que você mal sabe o nome.
Que te olha por baixo das roupas
Para saber quem é bom mesmo
Na matilha dos poetas.
Eles me espreitam no espelho
Interrompem meus beijos desajeitados
Numa esquina qualquer de Higienópolis.
Cansei do lirismo lenga-lenga!
E não alcanço Rimbaud
No alto da estante.
Pense em nós,
Só nós dois,
Longe da cáfila dos poetas.
Num ponto de táxi
Na beira das putas
Que marcham na Augusta.
A dissonância de amores humanos,
Mais plurais do a coleção
De dedais da minha avó.
De regra, só mesmo
O pau duro e a buceta molhada,
Mesmo que artificiais.
O taxista reclama.
Quer saber: vamos ou não vamos?
Para onde?
Esquece dele.
Finge que não vê
As mãos aflitas no volante
E os olhos no retrovisor.
Seus dedos embrenhando-se
No meu sexo pulsátil,
Entre as coxas apertadas
E a saia despudorada.
Na janela,
O cemitério do Araçá ostenta flores tão vivas.
Feito as putas:
Cinza por dentro
E violeta
Da boca para fora.
Não quero chegar a lugar algum.
Só continuar a corrida de táxi
Na cidade que espalha pessoas e amores
Feito pega-varetas.
Com seus dedos lá.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Aliste-se!
(21 fevereiro 2008)
Basta de levar mijo na cara.
As Simones e Marcelas que se prestem a este papel.
De oráculo será delimitado a uma foda gostosa.
E só.
O meu lirismo
– e o meu cu e as incessantes noites de swingue –
Darei para outros.
O homem-peixe que nade
De praia em praia comendo sardinhas
No raso.
Porque eu serei sempre maremoto
A arrastar marinheiros fortes
Para além do profundo submerso,
Para a terceira margem,
Para barcos a serem construídos
Sem âncoras.
E quando o homem-peixe desembarcar no aeroporto
Pode me aguardar no saguão.
Estarei lá, de calcinha limpa e preta,
Sem sutiã nem janta em casa
Sem unhas pintadas ou cama arrumada.
Vamos trepar feito animais
Num quarto de motel barato
Depois, tomo uma ducha rápida
E volto para o escritório.
Vai ser difícil desmamar, eu sei,
Mas juro que vou arremessar
Essa paixão pela janela.
E abrir a blusa – e as pernas – para outros.
Estão abertas as inscrições para novos casos.
Basta de levar mijo na cara.
As Simones e Marcelas que se prestem a este papel.
De oráculo será delimitado a uma foda gostosa.
E só.
O meu lirismo
– e o meu cu e as incessantes noites de swingue –
Darei para outros.
O homem-peixe que nade
De praia em praia comendo sardinhas
No raso.
Porque eu serei sempre maremoto
A arrastar marinheiros fortes
Para além do profundo submerso,
Para a terceira margem,
Para barcos a serem construídos
Sem âncoras.
E quando o homem-peixe desembarcar no aeroporto
Pode me aguardar no saguão.
Estarei lá, de calcinha limpa e preta,
Sem sutiã nem janta em casa
Sem unhas pintadas ou cama arrumada.
Vamos trepar feito animais
Num quarto de motel barato
Depois, tomo uma ducha rápida
E volto para o escritório.
Vai ser difícil desmamar, eu sei,
Mas juro que vou arremessar
Essa paixão pela janela.
E abrir a blusa – e as pernas – para outros.
Estão abertas as inscrições para novos casos.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Breve tratado sobre o cu
Não, não torça o nariz. Eu também achava que cu é coisa de banheiro e não de cama. Até que os insistentes pedidos – e tentativas vãs – me convenceram de que alguma graça devia ter o cu. Só bonito naquela foto do Man Ray.
Mais uma vez, apelei para o diminutivo, “cuzinho”, no intuito de amenizar a feiura já moralmente impregnada na palavra. Até hoje prefiro falar em “dar (ou comer) a bundinha” do que o cu. Fica mais safado e bonito. É uma metonímia ao contrário: o todo pela parte.
Liberei o meu cu só para alguns homens. Sim, porque tem que saber fazer. Com jeito, saliva, ritmo. A maioria se deslumbra com o estreito e sai em disparada, sem ouvir o corpo da mulher, que pede calma. Perde o direito ao bis.
Mas minha surpresa de verdade foi o cu deles: homens também amam ser comidos! Achei que era só um. Só que outro veio com o mesmo gosto. E mais outro. E mais outro... Não são todos, claro. Alguns escondem o cu feito o Diabo da Cruz.
Aos que se permitem este prazer (sem medo de “virar viado”), o gozo emerge fácil e forte quando meu dedo submerge no cu deles. Antes, a língua umedece tudo o que não vê. E eles sempre seguram o próprio pau, numa punheta sofrida, gemendo trêmulamente. Tentam manter o controle, mas rapidamente se desfazem em porra.
Agora, com licença, tenho que tirar as roupas do varal antes que chova.
Mais uma vez, apelei para o diminutivo, “cuzinho”, no intuito de amenizar a feiura já moralmente impregnada na palavra. Até hoje prefiro falar em “dar (ou comer) a bundinha” do que o cu. Fica mais safado e bonito. É uma metonímia ao contrário: o todo pela parte.
Liberei o meu cu só para alguns homens. Sim, porque tem que saber fazer. Com jeito, saliva, ritmo. A maioria se deslumbra com o estreito e sai em disparada, sem ouvir o corpo da mulher, que pede calma. Perde o direito ao bis.
Mas minha surpresa de verdade foi o cu deles: homens também amam ser comidos! Achei que era só um. Só que outro veio com o mesmo gosto. E mais outro. E mais outro... Não são todos, claro. Alguns escondem o cu feito o Diabo da Cruz.
Aos que se permitem este prazer (sem medo de “virar viado”), o gozo emerge fácil e forte quando meu dedo submerge no cu deles. Antes, a língua umedece tudo o que não vê. E eles sempre seguram o próprio pau, numa punheta sofrida, gemendo trêmulamente. Tentam manter o controle, mas rapidamente se desfazem em porra.
Agora, com licença, tenho que tirar as roupas do varal antes que chova.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Bucetinha feita
Sim, o diminutivo liquefaz a palavra rústica e baixa, pouco à vontade na boca da moça de família que fui. Só nos sussurros dele em meu pescoço lascivo é que “buceta” parece nome de coisinha doce e tão graciosa. E faz molhar! Não há mais um segundo seco entre minhas pernas brutas.
Mas não foi ele – e sim ela – quem fez minha bucetinha ontem. É, gostei disso: bucetinha feita. Um estalido da língua e muita saliva derramada, pouco a pouco, alisando o grelo, os pêlos, o bem dentro.
Quente, rósea, os contornos ampliados numa expressão rica de túnel, passagem e caleidoscópio. Lugar com toda a dimensão de tempo, sem espaço em branco. Luxúria na beira da cama de lençóis ao chão, coberta de bruma e beijos de uvas frescas.
Saltos ornamentais, gozos insistentes a esmurrar minha porta, com pulsos cerrados logo pela manhã. Debatendo na cama feito peixe na pia, ainda vivo. Videoclipe velho, proféticos versos de Noel.
Nós, damas-vagabundas, a roubar os sonhos do pobre jovem nobre. Súbidas e helênicas. Sorrisos largos e espasmos crônicos, elásticos e abissais.
Presa pela cintura, minha doce gueixa serpenteia entre as mãos bonitas dele. Já satisfeita, ela lambe em círculos perfeitos e eu chupo feito abraço apertado. Até que o nobre cava na bunda branca dela, com mãos firmes. O pau dele desaparece na montanha. E eu apreciando este pôr-do-sol.
Mas não foi ele – e sim ela – quem fez minha bucetinha ontem. É, gostei disso: bucetinha feita. Um estalido da língua e muita saliva derramada, pouco a pouco, alisando o grelo, os pêlos, o bem dentro.
Quente, rósea, os contornos ampliados numa expressão rica de túnel, passagem e caleidoscópio. Lugar com toda a dimensão de tempo, sem espaço em branco. Luxúria na beira da cama de lençóis ao chão, coberta de bruma e beijos de uvas frescas.
Saltos ornamentais, gozos insistentes a esmurrar minha porta, com pulsos cerrados logo pela manhã. Debatendo na cama feito peixe na pia, ainda vivo. Videoclipe velho, proféticos versos de Noel.
Nós, damas-vagabundas, a roubar os sonhos do pobre jovem nobre. Súbidas e helênicas. Sorrisos largos e espasmos crônicos, elásticos e abissais.
Presa pela cintura, minha doce gueixa serpenteia entre as mãos bonitas dele. Já satisfeita, ela lambe em círculos perfeitos e eu chupo feito abraço apertado. Até que o nobre cava na bunda branca dela, com mãos firmes. O pau dele desaparece na montanha. E eu apreciando este pôr-do-sol.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Carnaval de trois (automático I)
Carnaval de Sade
Desfilam no Carnaval
Alegorias de Sade.
Duas vilãs nuas sobre o mastro.
Musas aquáticas atravessam
A carne do macho
Como lanças tênues a murmurar.
Confesso ao outro homem,
Que ficou de fora,
Um bom dedo de ciúmes molhado
Num copo de uísque.
Alinhadas,
As amigas de coxas voluptuosas
Suplicam viril aposta.
A língua adormecida dos excessos
Acendem em velas que duram
E marcam o chão
Com cores de outrora.
Uma ducha quente nas costas insensatas
Da moça mais branca,
Que mergulha todas as manhãs,
Enquanto ele adormece em jardins
Abarrotados de cisnes.
Trois: a síntese semiótica sexual.
Um triângulo nunca equilátero,
Sem democracia possível.
Ela comanda as mentiras,
A programação improvisada,
Um oceano todo
Que ele derrama
Na minha garganta.
Jarros d´água indivisíveis
Para exaurir a sede do nobre jovem
Que contempla suas duas rainhas
E desconhece a altitude da Lua.
Nosso ange bleu a decifrar
Baudelaire na cama.
Para quê amanhecer?
Na janela,
pássaros desafiam a paciência dela,
que berra pedindo que cantem jazz.
Uma marchinha de Carnaval,
Finalmente!
Um violão qualquer
Brada para que todos
Abram as asas.
Recolhemos latas vazias
E cinzeiros exagerados.
Fumaça amanhecida.
O trio vestido de suor
E amarelo
Agora desvencilhados.
Vozes e cabelos
Fora do lugar.
Lábios agigantados
De um vermelho quase esmalte.
Desfilam no Carnaval
Alegorias de Sade.
Duas vilãs nuas sobre o mastro.
Musas aquáticas atravessam
A carne do macho
Como lanças tênues a murmurar.
Confesso ao outro homem,
Que ficou de fora,
Um bom dedo de ciúmes molhado
Num copo de uísque.
Alinhadas,
As amigas de coxas voluptuosas
Suplicam viril aposta.
A língua adormecida dos excessos
Acendem em velas que duram
E marcam o chão
Com cores de outrora.
Uma ducha quente nas costas insensatas
Da moça mais branca,
Que mergulha todas as manhãs,
Enquanto ele adormece em jardins
Abarrotados de cisnes.
Trois: a síntese semiótica sexual.
Um triângulo nunca equilátero,
Sem democracia possível.
Ela comanda as mentiras,
A programação improvisada,
Um oceano todo
Que ele derrama
Na minha garganta.
Jarros d´água indivisíveis
Para exaurir a sede do nobre jovem
Que contempla suas duas rainhas
E desconhece a altitude da Lua.
Nosso ange bleu a decifrar
Baudelaire na cama.
Para quê amanhecer?
Na janela,
pássaros desafiam a paciência dela,
que berra pedindo que cantem jazz.
Uma marchinha de Carnaval,
Finalmente!
Um violão qualquer
Brada para que todos
Abram as asas.
Recolhemos latas vazias
E cinzeiros exagerados.
Fumaça amanhecida.
O trio vestido de suor
E amarelo
Agora desvencilhados.
Vozes e cabelos
Fora do lugar.
Lábios agigantados
De um vermelho quase esmalte.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Anjo negro
Ele prometeu tentáculos
Mas mal parava em pé.
Não culpe o vinho, meu caro,
Muito menos as doces cigarrilhas!
As unhas dela cintilavam,
Vermelhas, em meu decote.
Cabelos, pernas e esguios dedos,
Ateavam fogo nos oceanos.
Perdido entre o dueto em chamas,
Acuado, vislumbrava o passado:
O fodedor que a currou no chão cru da sala,
No banheiro da festa, nas pedras do Rio.
O vendaval esvaiu-se em brisa
Qual mormaço do outono.
E o anjo negro terrível de outrora,
Agora de asas tristes e murchas,
Pousou no parapeito delas,
Aguardando a morte inevitável.
Mas mal parava em pé.
Não culpe o vinho, meu caro,
Muito menos as doces cigarrilhas!
As unhas dela cintilavam,
Vermelhas, em meu decote.
Cabelos, pernas e esguios dedos,
Ateavam fogo nos oceanos.
Perdido entre o dueto em chamas,
Acuado, vislumbrava o passado:
O fodedor que a currou no chão cru da sala,
No banheiro da festa, nas pedras do Rio.
O vendaval esvaiu-se em brisa
Qual mormaço do outono.
E o anjo negro terrível de outrora,
Agora de asas tristes e murchas,
Pousou no parapeito delas,
Aguardando a morte inevitável.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2008
Praia deserta
Ele me deu um buquê vermelho de rosas
Para molhar e comer a minha flor.
Agradeci, de joelhos, chupando seu pau
Doce feito o céu.
Ele vem do mar
E vai ao amanhecer.
Faz juras de amor nos meus peitos
E derrama sua porra na minha boca.
Na varanda, ele mostra aos vizinhos
O vigor com que me fode:
Agarra minha cintura, levanta meu vestido
E aponta a dura pica para a minha bunda.
Resisto! Mas ele insiste.
E com um beijo em meu pescoço
Consagra o coito anal,
Oras como um anjo delicado
Oras feito tubarão faminto.
Meu amante trouxe flores
E ganhou o mais desejado dos meus lugares.
Um buraquinho cor-de-rosa, apertado,
Que o encanta tanto quanto uma praia deserta.
Para molhar e comer a minha flor.
Agradeci, de joelhos, chupando seu pau
Doce feito o céu.
Ele vem do mar
E vai ao amanhecer.
Faz juras de amor nos meus peitos
E derrama sua porra na minha boca.
Na varanda, ele mostra aos vizinhos
O vigor com que me fode:
Agarra minha cintura, levanta meu vestido
E aponta a dura pica para a minha bunda.
Resisto! Mas ele insiste.
E com um beijo em meu pescoço
Consagra o coito anal,
Oras como um anjo delicado
Oras feito tubarão faminto.
Meu amante trouxe flores
E ganhou o mais desejado dos meus lugares.
Um buraquinho cor-de-rosa, apertado,
Que o encanta tanto quanto uma praia deserta.
Anjo vermelho
Eu a vejo sempre rara e vermelha,
A pele que corre do Sol,
E aquele fogo eminente
Que só as ruivas sabem ocultar.
Ela fala alto – como eu –
Mas sussurra doces obscenidades.
Até que os meus olhos de ressaca
Convidam a ruiva para se desvelar.
Nina Simone ela dança e canta
Como a chama da vela,
Queimando e aguçando
Minha libido sinuosa.
Em suas delicadas insinuações
Ela ordena a minha distância.
E reluta, sedutoramente,
Ao golpe final.
Mas o vinho é implacável:
A ruiva arrasta-me para sua rede!
Envolve-me em beijos,
Entrelaços divinos.
Caminha, quente, em meu corpo,
O anjo matinal vermelho
Qual viajante errante,
A desbravar ilhas e colinas.
Num arroubo, escala-me
Como pico gelado,
Prestes a desfazer-me
Em avalanche molhada.
E logo ela desce, vitoriosa,
A celebrar e coroar
A mais nova súdita
De seu reino à beira mar.
A pele que corre do Sol,
E aquele fogo eminente
Que só as ruivas sabem ocultar.
Ela fala alto – como eu –
Mas sussurra doces obscenidades.
Até que os meus olhos de ressaca
Convidam a ruiva para se desvelar.
Nina Simone ela dança e canta
Como a chama da vela,
Queimando e aguçando
Minha libido sinuosa.
Em suas delicadas insinuações
Ela ordena a minha distância.
E reluta, sedutoramente,
Ao golpe final.
Mas o vinho é implacável:
A ruiva arrasta-me para sua rede!
Envolve-me em beijos,
Entrelaços divinos.
Caminha, quente, em meu corpo,
O anjo matinal vermelho
Qual viajante errante,
A desbravar ilhas e colinas.
Num arroubo, escala-me
Como pico gelado,
Prestes a desfazer-me
Em avalanche molhada.
E logo ela desce, vitoriosa,
A celebrar e coroar
A mais nova súdita
De seu reino à beira mar.
Incandescente
Tão rosada
Tão molhada
A bucetinha não dorme mais.
Amanhece sem parar,
Lateja e goteja docemente
Pedindo você.
Seu falo, sua pica dura
Que bica fornica
Funda, como vara rija.
É ponte que extravasa
O rio onde nado nua.
Desaguamos no mar
Duzentas vezes.
Ondas vigorosas
Batendo, pulsante.
Ir e vir constante.
Finca os dedos nas minhas coxas.
Leva e traz o meu corpo
Num movimento incessante,
Incandescente,
Até virarmos uma estrela só.
Tão molhada
A bucetinha não dorme mais.
Amanhece sem parar,
Lateja e goteja docemente
Pedindo você.
Seu falo, sua pica dura
Que bica fornica
Funda, como vara rija.
É ponte que extravasa
O rio onde nado nua.
Desaguamos no mar
Duzentas vezes.
Ondas vigorosas
Batendo, pulsante.
Ir e vir constante.
Finca os dedos nas minhas coxas.
Leva e traz o meu corpo
Num movimento incessante,
Incandescente,
Até virarmos uma estrela só.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2008
Felláre
O gosto do seu pau
Não sai da minha boca.
E olha que hoje
Nem comi a sua porra.
Meus lábios borbulhantes
Na sua pica deslizavam.
Chupei até você gemer
Na véspera do gozo.
A bucetinha implorava
Sua entrada vigorosa.
Mas a tarde era só sua,
Do seu fabuloso pau.
Não sai da minha boca.
E olha que hoje
Nem comi a sua porra.
Meus lábios borbulhantes
Na sua pica deslizavam.
Chupei até você gemer
Na véspera do gozo.
A bucetinha implorava
Sua entrada vigorosa.
Mas a tarde era só sua,
Do seu fabuloso pau.
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